Estrela da minha poesia
A Maria Taquara!
Mulher vestida de mistérios da lua Grávida de estrelas a dançar nas ruas A sinfonia universal das noites sem carnavais
Tinha no olhar a iluminação e a força solar No coração a conjugação perfeita do verbo amar Muito além da compreensão de meros mortais
A alma composta de poesias, inspirava alquimia E os viventes imperfeitos, produziam ironias Mas era musa esculpida de barro sagrado e nada lhe atingia
Feito deusa alada, trazia seus sonhos sobre a cabeça Em sintonia com o céu seu espaço de realeza A adornar lindamente a paisagem cuiabana, com certeza
Destoava do cotidiano corriqueiro e trivial E esculpia seu itinerário com argila surreal Seu mundo era livre, indefinidamente atemporal
Hoje deslumbrante, desfila na Via Láctea E entre divas reluzentes, superou a estrela Dalva Maria que brilha, Taquara que guia a estrela da minha poesia…
Do livro: Deusas Aladas