politizando a existência
poetificar a vida é pontificar a razão, profetizar o amor é viver com paixão, compaixão duma vaidosa visão, estar absorto na própria demência. somente pedindo a Deus compaixão, quiçá, despreze essa multidão ignóbil, ou seria a inocência de um povo nobre, o qual vota no mesmo ladrão dos pobres. é aluvião, ilusão de febril dependência. misto de bem e mal, intimidação total. situação boçal, amor, paixão – amoral. vida atrevida à direção pela qual vai. juiz condenado pelo seu vil pecado a julgar outro jurista lá no Senado. hipócritas, coitados, seres banais acoitados em leis deformadas, por eles mesmos mal criadas. leis malcriadas e forjadas pelas suas indecências. magistrados, políticos de mentes paralíticas, roubadores dementes, inutilizados, parasitas, apócrifos dum sistema a impedir o senso, sensores de tocaia em suas tocas togados a favor da troca de favores. roedores de esgotos, cauterizados. esses doutores não têm nem pavores, dormem tranquilos em seus estertores. pois, não sentem mais dores. na realidade de horrores: não sentem mais nada. mentes privadas patentes, mentes estouvadas, que mentem. não há quem mais aguente esse fétido cheiro de enxofre danado. porém, isso fica patente: é só puxar as descargas dessas privadas ambulantes. ouça seus risos contentes e gritantes, dentes alvejados, risadas rasgadas ultrajantes, pobres coitados…
e os pobres de frente pelas costas alvejados…
se for honesto, excelência; não deve se preocupar com essa indecência… o que pode acontecer é simplesmente nada acontecer. o sistema é esse, pare de padecer, desça do pedestal e venha na humildade viver, deixando de ser o tal… jamais se esqueça que a maior dor é a da própria consciência fatal…
e a glória do poder, do dinheiro a qual faz fronha ao vosso travesseiro, enfronhado em mal cheiro à travesseiro travesso usado pelo avesso…
jbcampos