JOANA DE OVIEDO: Casa de açucena O nosso amor cheirava a…

Casa de açucena

O nosso amor cheirava a flor de início de primavera E era tão perfeito, cheirava à bela flor e à quimera nossa casa tão pequena, branca como a açucena Pequena, porém, airosa, muito mais bela que a rosa. E na rede namorávamos, até chegar a madrugada E a lua toda nua, sentia inveja sua… Não tinha o seu rosto de lume, nem mesmo aquele perfume Que me afogava quando me amava. E tudo não passou de um tempo Tempo em que me amava tanto Você esqueceu tão nobre juramento E hoje quando olho a lua, lembro-me do rosto de lume E do seu perfume a afogar-me, ao abraçar-me!

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