ENVELHECER
Envelheci o quanto pude e o quanto não queria também. Mas percebi que a cada cantar das brisas, uma nota fazia seu caminho musical. E todos os dias e madrugadas vividas, Desenhou-se em cicatrizes remontadas no meu rosto jovial… Tornando-se apenas sulcos sagrados. Por isso orgulho-me das rugas, e de quanto meus olhos se pintaram de roxas orquídeas a cada por de sol.
Percebi que isso se chama eternidade e o meu próprio Eu recoberto desse tempo de sonhar! E é a vida esse sonhar, sem amarguras… Apenas com esboço de canto no canto da boca.