João Batista de Mello Neto: A dor em suas costas De modo nenhum deve…

A dor em suas costas

De modo nenhum deve subestima-la De forma que não veio de lá Ela é um poço de mistério De forma estéril

Seu cantar seduz obliquamente os homens De modo nenhum deve subestima-la De forma que não veio de lá Ela é um poço de bondade e aqueles que interferem, somem

Não deseja ser reverenciada Muito pelo contrário, é mulher digna de ser beijada Que seu cantar seja o abrir de um novo horizonte E que sua batalha continue, incomodando os montes

Suas costas doem Dor de garras Dor de trabalho Dor de faxina

Que a deixem cantar Sem interrompê-la De modo nenhum deve subestima-la De forma que não veio de lá

Que a sua canção Seja o abrir de um novo horizonte Que seja o abrir Da alvorada de uma nova era

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