ATITUDE
Pintei as minhas telas de ilusão Deixei-lhes um aroma a utopia; Sementes eu lancei de grão em grão Sonhando que bons frutos colheria;
O tempo deu-me sempre este refrão: Que nada em qualquer tempo mudaria! Senti no meu trajecto um outro chão Dif’rente desse chão que eu descrevia.
Então, notando sonhos na valeta, Cheguei a abandonar minha caneta – De que valia a pena escrever poemas?
Mas algo me constava da memória: Ideias dos avanços que na História Se dão, quando se afrontam os sistemas.
Joaquim Sustelo (em ENQUANTO A BRISA SOPRA)