John Keats: Estrela brilhante, fosse eu como tu és…

Estrela brilhante, fosse eu como tu és constante – Não em solitário esplendor no alto do céu pendurado E com as eternas pálpebras abertas vigilante, Como um eremita da natureza paciente e acordado,

As águas movendo-se em sua tarefa sacerdotal De pura ablução nas praias da terra inteira Ou observar a máscara virginal da neve sobre cada charneca e cordilheira –

Não – apesar de ainda constante, imutável ainda, Acomodado sobre o seio maduro da minha amada linda, Sentir para sempre seu suave subir e descer,

Despertar para sempre em doce desassossego, Ainda, ainda ouvir seu delicado ofego, E viver para sempre – ou então na morte desfalecer.

(Poema “Bright Star”, de John Keats,1795-1821, traduzido por Alex Raymundo)

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