Afixo as Minhas Âncoras
Atolado na indecisão navego na deriva de um mar indigesto. Repleto de sais e dúvidas esta ondulada hesitação move o êmbolo da minha nau. No alambique da minha pele escorre o poema que perdi.
Grita o vento no íntimo da noite, desflora o silêncio. O desembarque das tempestades arrefecem as estrelas – saboreio os astros que iluminam as débeis praias; afixo as minhas âncoras nos areais onde severamente se acomodam as civilizações nesta esfera pintada em tons de azul.