Pelos Subúrbios da Poesia
Numa perpendicular às minhas artérias corre o teu beijo a pestanejar no meu peito.
Pelos subúrbios da poesia as minhas mãos escrevem às escondidas de mim o estômago vazio duma cama.
No vácuo de uma vaga tempestade sob o céu-da-boca da suspensa chuva desperdiço-me numa nuvem monocórdia como se fosse um alfabeto estilhaçado.