Quando vinha pra Monteiro Percebi uma mudança Tava tudo cheio de água Povo cheio de esperança Precisava registrar Pus o drone pra voar Pra ter fotos de lembrança
O matuto olhou pra cima Quando viu se assutou Bicho preto sem ter asa Num instante avoou Ele armou-se com umas péda Preparado pra uma guerra Fez carreira e atirou
A pedrada do matuto Foi um tiro de canhão Acertou de muito longe Bem no meio do Avião Quem o visse não diria Que era bom de pontaria O caboclo do sertão
Com o mapa e GPS Encontrei resto de drone Quando vi já tinha gente Filmando com telefone Bem do meio da galera Eu Gritei: é a besta fera Fiz correr até os home
Todo mundo foi embora Só ficou um véi mulato, Com uma barba por fazer E um chapéu de candidato, E olhando bem pra mim Comentou dizendo assim: “Se avoar sem asa eu mato”.