Se eu pudesse iluminar por dentro as palavras de todos os dias para te dizer, com a simplicidade do bater do coração, que afinal ao pé de ti apenas sinto as mãos mais frias e esta ternura dos olhos que se dão. Nem asas, nem estrelas, nem flores sem chão – mas o desejo de ser a noite que me guia e baixinho ao bafo da tua respiração contar-te todas as minhas covardias. Ao pé de ti não me apetece ser herói mas abrir-te mais o abismo que me dói nos acorda deste sol de morte viva. Ser como sou e ver-te como és: Dois bichos de suor com sombra aos pés. Complicações de luas e saliva…
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