Sonetos de José Guimarães
Noite
Ó noite perversa que não me deixa dormir Que me mantém acordado pensativo e angustiado Devolva-me a paz e não me deixe amedrontado Preocupado com o rumor que vem lá de fora.
Nunca sei se é riso o clamor da rua que ouço Ou desentendimento dos passantes apressados Mas como fico pensativo com os sentidos ligados Penso sempre no pior e com isso menos adormeço.
O rádio do carro que passa tão alto me acende Revigora minha energia, mas de deixa impaciente Porque o barulho me faz ainda mais ficar acordado.
Vozes que vem lá de fora que parecem de pessoas brigando Aguçam-me o sentido e de repente me descubro espionando O que não me interessa e com isso me mantenho acordado.
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