“Tua presença ausente”
Mesmo ao meu lado te sinto longe Como uma meretriz e um monge Na verdade de estar perto como sua compincha Porém alguma lei do contrário os convence Dentro dos teus olhos eu vejo
Que ainda arde a chama do desejo Ténue, fraca e quase sem brilho À espera que algo lhe devolva ao trilho E possa restaurar o que almejo
Que é que serás minha por inteiro? Seu amor um pouco nublado Conversas fracas na sala de aulas Até ao refétorio pouco a moderado O Carinho moiando do seu Pavilhão Ao masculino fraco a moderado
Sou sua compincha, sua compincha E deitarás em minha cama de janeiro a janeiro Me alegras a vida como a de um jardineiro Que cultiva a beterraba vermelha no teu canteiro Dando-me uma vida plena e cheio de amor Sem restrições de altura, idade e nem a cor
Eu perdi a paciência Pois a minha cabeça Já é um dodecágono Reclamei a tua presença Porém de sã consciência Tudo o que eu tenho que fazer É lamentar a tua ausência.
Jossefa Zacarias Moyana