CICLO
Do alto, entre nuvens Em lágrimas me desfaço E desço fluidamente;
Criando uma filosofia de vida, Por amor a sabedoria, Não choro mais na despedida;
Pois, nem sempre o meandro à frente está Quando a confluência se desfaz, Ambos, céleres, deslizamos para o mar;
Quando lá enfim chegasse À deriva, na curvatura, remaria até a borda, Enquanto não evaporasse;
E em sua madrugada fria Ancoraria na beira da praia Até a plena luz do dia;
Para que, portanto, pudesse voltar Ao ponto de partida E então recomeçar.