JWPapa:

A vida moldou-me na pancada, tornei-me plástico, maleável, flexível! – Não manipulável. Adaptei-me e evolui, na medida em que a vida me sovava feito pão. Depois de um tempo nesse estado, parecia falar outra língua.

Algumas coisas pareciam tão distantes para os que não podiam ver o mundo de onde o via, tudo parecia distante daquele mundo ínfimo que fui um dia tudo era tão iminente, que parecia uma catarse uma inevitável catarse, mais dia ou menos dia.

Nadava na lama e era tão feliz, que podia enxergar além dali além daquele pequeno mundo, fechado e sem mobilidade àquela altura, já era alguém além dali, livre de ser igual a todos nem melhor nem pior, mas podia ver antes de todos muito além da superficialidade que corrompia o intelecto de todos ali.

Em meio a toda aquela lama, a voz na consciência que gritava todos os dias: – Evolui dai e voa! Voa daí e evolui. Voa, evolui daí.

Aprendi a ser tolerante, sendo tolerante e a respeitar, respeitando não haviam outras opções na ocasião, desde muito cedo, ou era assim ou era assim.

E se hoje sou capaz de enxergar a alma das pessoas e ver nelas o que nelas há de melhor, mesmo que isso não pareça tão evidente num primeiro olhar é porque a vida evoluiu-me a ponto de tal.

Depois de estar tanto tempo fechado em si mesmo, não é tão difícil sair, na verdade é um grande prazer sair e encontrar o mundo escancarado, ofertando tantas possibilidades de ser o que se quiser ser. E apesar de ser bom estar dentro, é ainda muito melhor do lado de fora.

Evolui dai e voa! Voa daí e evolui! Voa, evolui daí.

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