De uma hora para outra um sentimento surgiu em mim. Ele não bateu na porta, apenas entrou e se assentou no sofá. No começo não me dei conta que ele estava lá, mas quando percebi sua presença, ele não quis mais sair…Eu não podia expulsa-lo dalí. Não podia abrir a porta e mandar ele ir embora. Até porque ele já tinha se espalhado pela casa toda…seu cheiro estava em todo canto. E suas coisas estavam nos melhores cômodos da casa, ele me fazia bem, me fazia sentir sensações incríveis, principalmente a de não estar sozinha. Mas pelo outro lado, ele me fazia mal, o seu cheiro trazia pensamentos esquisitos, inclusive o da culpa de estar acomodando ele. Mas o que eu podia fazer? Não tinha forças para empurrá-lo para fora. Então decidi abrir a porta e deixar ele ir por conta própria. Eu sabia que ia sofrer quando ia ver aquela cena de ele indo embora… Mas eu sabia que era o certo a se fazer. A casa era pequena para ele e o quarto que estava sobrando… Estava ocupado pelo medo, inseguranças e indecisões….