Karina Brandani: Analisando os feedbacks que a vida já…

Analisando os feedbacks que a vida já me deu concluo que sou insignificante, um perfume sem grife, água da torneira, pastel engordurado da feira, daqueles que quando você morde escorre óleo pelas mãos. Sou música de corno que impregna e você nem sabe letra. Sou copo descartável… (Pior) quando abre uma fenda. Ventilador queimado em dia de calor, pneu furado o jeans que não cabe mais. Sou música fora do tom, piada sem graça, mulher do padre, vivo no mundo da lua, sou fora do ar. Bom saber evoluir esses tais feedbacks… Acha que estou triste? Que fiquei me sentindo “aquela” pessoa do quadro que interpretei? Errrrou! Não sou mesmo a oitava maravilha do mundo, não tenho a beleza nem a inteligência de Afrodite. Não tenho muito jeito com alguns sentimentos. Não sou sempre serena ou sensata. Brigo com o espelho, converso sozinha, sonho acordada, amo macarrão frio, odeio fazer as unhas e durmo até em pé. To me situando bem e fico bem por não ser ser a última azeitona da empada ou cerejinha de bolo de festa. Descubro todos os dias que sou a mulher ideal para mim mesma. Que sou essencial para uma convivência comigo. Que sou sensacional quando canto no chuveiro para mim. Sou a mulher gato dos meus sonhos, a Alice do meu país maravilhoso. A fábula, a sensacional, a mulher que eu não posso deixar me escapar… Sou perfeita para minha imperfeição.

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