Kevin Martins: Foi da janela que eu me encantei um olho…
Foi da janela que eu me encantei um olho viu e o outro se encantou com a poesia que parecia perdida nos braços daquele homem Foi do meu olá que eu assisti o sorriso dela e todas as flores de cor amarela brilharam para mim Mesmo eu não sendo amigo dessa cor meu olhou verde se misturou com o amarelo e assim se fez a tinta que pintou o jardim que nos deitamos Do batom vermelho que lhe vestia ela bordou um coração bem grande que se dividia entre nossas mãos e todos os pássaros azuis cantavam a nossa paixão Da botina surrada que eu calçava ela tirou o marrom que pintou os olhos comuns de quem nos observava de quem não entendia todas as nossas cores nem o calor de um coração vermelho que se dividia entre nossas mãos Assim eu a segui até em casa e lá acendemos alguns cigarros com o fogo que já era nosso e com a músicas que dariam inveja nos velhos discos Com a voz francesa embaralhava, confundia, e retocava as letras com as cores que eram dela e com ousadia eu clamava para serem nossas. E no tardar de mais uma pincelada ela pintou o coração mais vermelho grande e nosso que já vi.