Eu me agarro na brisa da janela meio aberta Me acalanto com o tanto de frescor que ela trás Ah, se eu pudesse abrir a porta para o vento, Ah, se eu tivesse tempo, para passear… Tirar pedaço da nuvem que parece um algodão Perder o traço do espaço que já está na minha mão Embebedar-se com o orvalho que calmamente cai no chão Pisar no chão que o carvalho forrou em transfiguração E transformou em um colchão. Que repousou o beija-flor em toda a sua inquietude Que abrigou aquela flor para um romântico roubar Que fez pisar aquela gente cheia de virtude E fez sonhar aquele sonho que soube apaixonar Ah, se eu pudesse deixar a brisa entrar e voar…