Estrangulado pela saudade
Estrangulado pelo desejo do destino, Sigo eu, nessa dura estrada da vida, Oceanos repletos de desatinos, Maremoto de dor e ferida.
Da vida eu nada sei, O que sei é tão insignificante, O que importa é que eu tentei, Embora eu seja esse cara errante.
Difícil ser diferente, Nesse mundo tão vazio de sentimentos, Ser esse Intervalo, às vezes inocente, Repleto de dor e sofrimento.
A vida é cheia de mistérios, Onde passados ecoam nos pensamentos, Tudo fica cinza como um cemitério, Ao reviver sombras daqueles momentos.
Como viver sem o teu cheiro, Impossível sem o teu sabor, Vou embarcar no meu veleiro, E sofrer as dores daquele amor.
Noites solitárias ao luar, Navegando no silêncio da madrugada, Ouvindo as batidas desse mar, Seguindo em frente,encarando a jornada,
Não será fácil superar a saudade, Se houvesse um remédio, eu beberia, Caminhos escritos na letra da verdade, Pagos com o sangue, nessa carta de alforria.
Lourival Alves