Lourival Alves: Estrangulado pela saudade Estrangulado…

Estrangulado pela saudade

Estrangulado pelo desejo do destino, Sigo eu, nessa dura estrada da vida, Oceanos repletos de desatinos, Maremoto de dor e ferida.

Da vida eu nada sei, O que sei é tão insignificante, O que importa é que eu tentei, Embora eu seja esse cara errante.

Difícil ser diferente, Nesse mundo tão vazio de sentimentos, Ser esse Intervalo, às vezes inocente, Repleto de dor e sofrimento.

A vida é cheia de mistérios, Onde passados ecoam nos pensamentos, Tudo fica cinza como um cemitério, Ao reviver sombras daqueles momentos.

Como viver sem o teu cheiro, Impossível sem o teu sabor, Vou embarcar no meu veleiro, E sofrer as dores daquele amor.

Noites solitárias ao luar, Navegando no silêncio da madrugada, Ouvindo as batidas desse mar, Seguindo em frente,encarando a jornada,

Não será fácil superar a saudade, Se houvesse um remédio, eu beberia, Caminhos escritos na letra da verdade, Pagos com o sangue, nessa carta de alforria.

Lourival Alves

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