”Na rua do meu silêncio”
Canto já só em minha solidão, Na quietude desta minha rua, Onde amores passam corridos Como pássaros perdidos, Acalentados pelo brilho da lua Que os abraça em nuvens d’algodão
Na rua do meu silêncio, Passam figuras risonhas Do passado à que pertenço, Contando histórias tristonhas.
Conservo no olhar uma tristeza incomum Que veio de não sei de onde, Mas que me é um grande tormento, Sento-me nas calçadas do sofrimento, Procurando a minha sombra que se esconde Dentro de mim não indo a lugar nenhum.
Na rua do meu silêncio, Há vozes que ecoam pelo ar, Pensando que me convenço De que devo um dia falar.