DICÍPULO
Não anelo o alvorecer do cerrado, belo Quero a inspiração do horizonte divino Talhando verso, ferino, donzelo e singelo Que outro, não eu! O faz tão cristalino
Invejo o magarefe, na lida de seu cutelo Com ele, harmoniza a carne em traço fino Benino, na retidão e um esmero paralelo Que reputa, tal o ouvido ao som do violino
Mais que bardo, um eminente extraordinário Enfeita, desenha, ressona num campanário A poesia, em alto relevo, em divinal destaque
Por isso, escolto, imito-o, com meu pincel Meus rabiscos, sobre o branco dum papel Cingindo honraria, ao maior – Olavo Bilac!
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
Olavobilaquiando