?VERSAR MORIBUNDO (soneto)
Tome, solidão, está espada, e.? fira Meu sofrente coração, tão azarento. Que importa a mim ter árduo lamento Se a sorte no destino é persistente ira
Ah! …. emoção lacrimosa e funesta lira Que ao vazio regi, mirrando o momento Que esbroa o plural tramite do alento Polvilhando no peito essa dor tão cuíra
Ó silêncio! Que vem musicar saudade Troando a minha vida em tempestade Na aberração do infortúnio fecundo…
Mas a atormentada trava da teimosia Infeliz. Catuca a inspiração da poesia Sangrando o meu versar moribundo!
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado