a diarista
já o lusco fusco chegando com sua casca ressequida o céu do sertão apagando e as maritacas de partida
pela janela vai adentrando silenciosa, está tal rapariga espanando num desmando sombreando, cheio de giga
tece a noite, vai-se o dia finca estaca na imensidão o canto da cigarra anuncia o tardar, tolda a escuridão
o cerrado a noite cria a melancolia recordação
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado segunda, outubro, 2019 Cerrado goiano