A MORTE
Oh! dor negra! O adeus tal breve fumaça Chora o pesar, a despedida em romaria E vê despedaçar, amealhar a mágoa fria Por onde o cortejo da saudade passa…
Mói o aperto no peito, sentenciado dia A noite sem sossego, o acosso devassa E só, trevoso, e o silêncio estardalhaça No horror desta ausência, lamúria vazia
Oh! Jornada! A sofrer, fado de hino forte Olhar molhado, e a alma cheia de pranto Tinhas junto a vida, tendo tão junto a morte
Partiste! Denotando está infesta loucura Trocaste o vital por este sossego santo Desenhando na recordação tanta tristura
© Luciano Spagnol poeta do cerrado
Despedida de meu irmão Eugênio Olavobilaquiando