CAUSA (soneto)
Ah soneto porque agruras quer poetar No diálogo da ledice com a amargura Nem tanta alegria, nem tanta tristura Sou devaneador que se põe a sonhar
Se o rimar então chora porventura Também riem nos versos ao cantar Tenho o céu e o cerrado pra inspirar E o amor no coração, principal figura
E neste motivo vai o meu caminhar Veloz ou lento, moldo está escultura Desenhando o fado no ser e no estar
Então, antes que tudo seja ventura Completo a lacuna com meu olhar E no tempo, vou cingindo a costura…
© Luciano Spagnol poeta do cerrado Fevereiro de 2017 Cerrado goiano