CÉU DO GOIÁS (soneto)
Agiganta as nuvens no alvo encarnado Do céu do Goiás, da vontade de gritar O horizonte longínquo tal qual o do mar Se estende em rede por todo o cerrado
O sol no amanhecer rubra de encantado Mantém-se altivo após o confidente luar Desfolhando em quimera pro nosso olhar Tingindo o entardecer dum avermelhado
No breu da noite a céu se veste estrelado Cintilando na escuridão e nele a poetizar Poemas tão singelos num silêncio calado
Então, a alma ao testemunhar, põe a chorar Um choro portento dum puro e só agrado Onde o poeta das Gerais aprendeu a amar…
© Luciano Spagnol poeta do cerrado Agosto de 2018 Cerrado goiano