CHOROSO SONETO
Daqui deste rincão do cerrado Quisera de a saudade apartar Mas os ventos só põem a chiar Quimeras percas no passado
Não sou um poeta de chorar Mas choro um choro calado Amiúde e assim comportado Paliando soluços no poetar
Tão menos viver pontificado No sofrer, brado, quero voar Lanço meu olhar ao ilimitado
E pelo ar vai o desejo represado Liberando as fontes do amar Livres e do suspiro desgarrado
© Luciano Spagnol poeta do cerrado Cerrado goiano