CHOVE
Acordei E vi que chove Observei Que não era só lá fora Revestido de breu Minha alma Também chora Dengosa Amorosa Reclama do olhar Da sua beleza singular Sua essência Desta sua silenciosa ausência Não importa os desencontros A sua irreverência Não diminui o meu amor Nem a dor De sua indolência Onde está? Os sonhos sonhados Os beijos por nós calados Curvo-me diante desta ferida Aberta Sofrida Tocada sem nenhum pudor Nenhuma compaixão Nenhum valor Acho que foi só ilusão! Agora solidão…
© Luciano Spagnol poeta do cerrado
05’30”