Desfolhos
Do outono no cerrado e seus desfolhos Minha saudade caia ao chão fragoso Do meus ásperos e mirrado tristes olhos Em tal lira de verso aflito e rancoroso
Nos ventos secos e enrugados chiavam Os gritos da noite numa solitária canção Onde lembranças aos astros clamavam Esmolando do silêncio alguma atenção
Só um olhar neste brado de compaixão Um olhar, um eco, uma mão…
© Luciano Spagnol ? poeta do cerrado