Luciano Spagnol – poeta mineiro do cerrado: FOGO-FÁTUO Cabelos brancos! Dá-me…

FOGO-FÁTUO

Cabelos brancos! Dá-me calma no espanto A esta tortura de sonhador, tolo e sofista: No tempo o desdém ao tempo, veloz tanto, E assim perdido pelo mais que não exista;

Tal fogo, que no espírito me é pranto Me enregela e logo encalma, sou artista De quimeras, reveses, e que no entanto, Deste fado, que ao criar tenho luz à vista:

Dando a melancolia remédio de alegria, A razão saudade, e a loucura esperança Assim, ardendo no peito a doce fantasia;

Se absurdo, absurdo é não ter teimosia Pra fugir com a ilusão onde ela alcança E então, ter a realidade cheia de poesia…

© Luciano Spagnol poeta do cerrado Setembro de 2018 Cerrado goiano Olavobilaquiando

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