Luciano Spagnol – poeta mineiro do cerrado: INANIA VERBA Ah! Quem há de querer,…

INANIA VERBA

Ah! Quem há de querer, meus versos vazios O que a emoção não diz, e a mão não poeta? Cânticos numa só tormenta, em uma só reta Que lamenta, sangra, porém, se tornam frios…

A quimera agita, regurgita, e na alma espeta A rima espessa e torta, sem simétricos feitios Abafam a ideia leve, sem os olhares gentios Que, calam o espírito, num augúrio profeta

Quem o molde o terá pra encaixar no fado? Ai! quem há de expor as frustrações malditas Do sonho? que anina e não mais se levanta…

E a inania verba muda, e o amor ali calado E as confissões que talvez não sejam ditas No silêncio, emudecem, atadas na garganta.

© Luciano Spagnol poeta do cerrado 2018, início de outubro Cerrado goiano Olavobilaquiando

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