PAIXÕES
Amores, latejo em ti, nas saudades, por onde Estive! e sou estórias, e rasto, e madrugadas E, em recordações, o meu coração responde Num clamor tal ao vendaval e folhas levadas
Daqui do cerrado, e teus cipós, e tua fronde Gorjeiam as melodias, e desenham estradas Na memória, onde, além, o passado esconde Da pressa, e as doces perfumadas alvoradas
Recordo, choro em pranto, eram dias felizes No prazer, tal uma flor, de ti, pimpo e exulto E eu, suspirando, poeto loas com cicatrizes
Tu golpeada e finda, – e eu fremirei sepulto: E o meu silêncio cravado, em vão, tal raízes Se estorcerão em dor, penando sem indulto.
© Luciano Spagnol poeta do cerrado Novembro de 2018 Cerrado goiano Olavobilaquiando