Ponteiros
Os ponteiros do relógio que levam As horas boas de nosso viver Também grifam no tempo as que elevam E trazem assim, pra sorte, saber
Iguais às águas dos riachos Carregam rio abaixo as folhas caídas Em contínuos despachos Tal como as nossas despedidas
Os ventos também assopram Pra longe os sonhos empoeirados Ficando outros que aportam Nos galhos dos nossos fados
Pois o de direito, é nosso, ancoram…
© Luciano Spagnol poeta do cerrado Cerrado goiano