SONETO DO CORAÇÃO VAZIO
Frente aos olhos meus, o coração vazio O cerrado num silêncio que me angustia E os pensamentos em uma total heresia Relatando abastado sentimento sombrio
Estacada emoção com dor em orgia Sangra sofrência de sonhos sem brio Das saudades que na alma dá arrepio E na quimera traz perfídia com ironia
Assim neste saguão de solidão gentio Chora e lamenta, o amor em agonia Que aperta o peito num amargor frio
E carente de ilusão e pouca ideologia Trilho em um querer de séptico luzidio Ordenando agrura, e refreando o dia
© Luciano Spagnol poeta do cerrado Março, 2017 – 05’20” Cerrado goiano