SONETO DO FAZ DE CONTA
Agora vou fazer de conta que sou poeta Hoje a melancolia, não terá a rima certa O céu alvoreceu poético e com harmonia E em meu dia tudo será somente poesia
A minha existência não é mais só o eu Cada verso trará o laço, o meu e o seu O que outrora era somente ociosidade Agora, o som da vida, é pura realidade
O silêncio deixei na solidão, no canto Não sabia onde estava, para onde ia Eu só queria um sentido, algum valor
E na busca de um pouco de acalanto Parecia que o fado, gargalhava e ria Até tu chegar, com o generoso amor…
© Luciano Spagnol ? poeta do cerrado