SONETO MALFERIDO
Foste a quimera maior da minha vida ou talvez a irreal… Evidente e ausente contigo o amor foi no ter vorazmente contigo, também, a alma foi repartida
Partiste, e a trova não mais te ouvida: arde-me a inspiração, lota o presente no cerrado agoniado fica o sol poete num amargor da memória malferida
Amor extremo, minha perda e ganho penitência e regozijo, dor sussurrante um anacoreta de sentimento estranho
Sinto-me vazio, e na noite te escuto delirante anseio, sentir sem tamanho na vastidão do suspiro de um minuto…
© Luciano Spagnol- poeta do cerrado