SONETO TRANSVERSO
Nosso amor, é amor que não conheço Teve começo nas quimeras do coração Tal qual numa quadrilha de São João Que no luar, o enredo nele foi expresso
Sem bilhete, ou ao violão uma canção O nosso amor no rumo foi perverso Sem adeus e, nem o perdão confesso As palavras na palavra ficaram um não
Se choro aqui no soneto transverso Choras aí na distância da separação Assim, na saudade, tudo é submerso
É um vazio tão cheio de imensidão Que não posso negar, este vil verso Ainda cego da mais vesana paixão
© Luciano Spagnol poeta do cerrado
05’30” Cerrado goiano