SONETO TRISTE
Hoje acordei com meu verso triste Escorrendo pelo papel só inclinação Cabisbaixa a inspiração e, pelo chão Querendo lira na sorte que não existe
Pois, cada cisma, na cisma consiste E o prazenteiro é em vão, e assim são: Desferrolha fagulhas infeliz do coração Petrechando a consternação em riste
As minhas angústias querem expansão Minha dor, está ali sozinha, é imensidão Tão calada, não entenderão o que sente
Aí quem me dera, não a ter! Pois então? A tenho!… E pouco cabe na solidão… Quando caberia aqui: – verso contente!
© Luciano Spagnol poeta do cerrado Janeiro, 2017, 05’55” Cerrado goiano