Luciano Spagnol – poeta mineiro do cerrado: SONETO TRISTE Hoje acordei com meu verso…

SONETO TRISTE

Hoje acordei com meu verso triste Escorrendo pelo papel só inclinação Cabisbaixa a inspiração e, pelo chão Querendo lira na sorte que não existe

Pois, cada cisma, na cisma consiste E o prazenteiro é em vão, e assim são: Desferrolha fagulhas infeliz do coração Petrechando a consternação em riste

As minhas angústias querem expansão Minha dor, está ali sozinha, é imensidão Tão calada, não entenderão o que sente

Aí quem me dera, não a ter! Pois então? A tenho!… E pouco cabe na solidão… Quando caberia aqui: – verso contente!

© Luciano Spagnol poeta do cerrado Janeiro, 2017, 05’55” Cerrado goiano

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