Luciano Spagnol – poeta mineiro do cerrado: VELHAS LAMURIAS Secura. Que tristura lá…

VELHAS LAMURIAS

Secura. Que tristura lá fora! Tristura! Embrusca-se o cerrado, os olhares Craqueleja. Árida a aquosa candura Nos seus velhos e eternos pesares…

Sinto o que a terra sente, desventura A mágoa que diviso, nos reles azares O inverno. Frio e queimado, mistura Fulgurando o cinza, anuviando os ares

Ah! Porque ordenaste este tal fado Fazendo de minha alma tua criada Ouvinte, ouviste os prantos, cerrado!

Meus e teus, na sequidão embaralhada Tem pena de mim, deste pesar mirrado E as velhas lamurias por mim poetada!

© Luciano Spagnol poeta do cerrado

Cerrado goiano Olavobilaquiando

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