ESTRANHO É estranho, que depois do sono. Vem o sonho, que desperta meu olhar, escuro. Deitado na trincheira ou acuado atrás do muro. Murmuro num som rouco, quase mudo. E permaneço inerte, até o sol invadir meu mundo. Imundo, caminho entre tristezas, entre lagrimas, entre cores e dores. Alegrias, alegorias que derrubam meus olhos, na submissão ao concreto. Que piso que me cerca que me atropela, na contramão do que dizem ser o certo. Me arrasto entre Deuses e crenças, mas na superstição do desconhecido, peço sua benção. No sol que se despede, sacio a minha fome, e logo assim como o brilho do dia ela some. Arrasto-me de volta ao esconderijo, onde uma alma quase penada se sente aprisionada. Uma vida perdida, um ser aflito, que perde o controle, mas engole seu grito. E para as curvas cegas da escuridão, agora dirijo…