Luiz Eduardo Guerreiro Barreto

Luiz Eduardo Guerreiro Barreto: Amor ao afeiçoado Se por acaso hoje…

Amor ao afeiçoado

Se por acaso hoje descobres Minha visão, tu a encobres Que olho para você agora Pois paixão sem apetecer ancora E minha mente, amor a ti pondera E a vida sem sentido desonera

Sei que ao teu amor hei de sofrer a dura prova Pois não mais que amigo, teu sentimento me reservas Mas se um dia por acaso tu a mim abres em brecha a porta Na gota de teu amor irei me afogar, fazendo deste um mar

Em minha espádua tu fadigada repousas Olhos sumptuosos ao ver-te mimosa pousa Benévolas carícias a ti dedico aquele momento as minhas memórias dignifico em meu colo tua cabeça pesa indolente, e eu na esperança que Isto queira dizer que a mim consagras confiança

Meus olhos não vêem, mas meu coração de cheio lastima Quando ao lado de outros, sem mim, tu te aproximas Mas se um dia por acaso tu a mim te apaixonas de verdade O mais ditoso no mundo mais que eu não há de ter tanta felicidade

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