Samba do Amor Boêmio
Faz teleco teco com meu pandeiro, Dirindindon com meu violão, Dirindindin com meu cavaquinho E faz um samba no meu coração.
Pra cada abraço uma nota alta, Pra cada beijo uma melodia E se o coro estiver afinado Hoje a noite vai ter sinfonia.
E vai sambando pro meio da roda Que já está chegando a sua vez Se a sinfonia estiver animada Hoje eu não durmo antes das três.
À tona veio esse tuntuntum Que descobri, veio da percussão. E enquanto tuntuntum eu vou ouvindo Minha morena eu não largo, não.
No xique-xique do chocalho eu vou Me devolvendo à antiga boemia. E vou cantando como um beija-flor Voando e sambando até nascer o dia.
O dia nasce pra morrer com samba O samba que anima nossa gente O samba que não existia É no batuque do repente E nas curvas de Maria.
E se Maria é a Dama da Noite Que mexe com o olhar do poeta Dois pra lá, dois pra cá É a receita certa!
E lá do morro a gente ainda ouvia Teleco teco, dirindim dondom Xique-xique, tutum Ticatá, ticatá, ticatá, ticatá…
E lá do morro a gente ainda ouvia Teleco teco, dirindim dondom Xique-xique, tutum Ticatá, ticatá, ticatá, ticatá…