Maisha Mandisa: Queixa de uma flor sem campo Ela é um…

Maisha Mandisa: Queixa de uma flor sem campo Ela é um…

Queixa de uma flor sem campo

Ela é um capricho sem capricho Quem segue teu sorriso Sente inocência e sonha em tocar…

Ela é doce sem açúcar Quem segue teu cheiro Sente repulsa e desejo dentro do coração…

Ela é oceano sem ondas Quem segue teus passos Se acha e se perde sem nem navegar…

Ela mesmo se perde dentro de si.. Ela respira teu cheiro.. Se pinta e se beija E se põe a cantar…

Se capricha no suspiro inocente e imprudente de poder ser mulher… Mulher intrigante Blefante e Flertante flor solta do campo na brisa a voar…

Mulher no substantivo Menina no adjetivo Capitu no seu destino… Um amor de cortiço… na janela a esperar…

Quando se vê sobre as águas… sorri meio sem graça a mulher não recatada do bar e sem lar…

Descobriu ser tantas ardentes, um anjo impene, de olhos acesos, ataques desejos surgindo em teu peito… em teu mundo a voar…

Jogou da janela o Casmurro magrela que um dia sem querela quis tuas asas cortar…

Agora dançando de saia rodada, Fitou o belo moço de roupa de couro Que vem no cangaço que nem um pavão Na frente a andar…

Atravessou a pracinha Tascou-lhe um beijo, Sentiram um desejo E foram pro mar…

O cangaço se foi O pavão entristeceu porque a flor indomada não quis acompanhar…

A flor se queixou voltou para praça e se pôs a dançar…

O pavão soltou penas Procurou sua formosa para o último beijo poder lhe dar..

A flor insolente Flutuante e impene Já estava no campo Rodando sua saia Com os pássaros a cantar…

O amor é assim, Às vezes, não às vezes, sim Nem sempre é ruim quando não pode durar…

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