Márcio Souza: A ESTRADA Velha, solitária e longa…

A ESTRADA

Velha, solitária e longa estrada de terra batida, Que aos poucos, desaparece ao final da curva, Eu busco esperanças e os novos sonhos de vida, Deixando as marcas no chão dos sinais da chuva.

Um chapadão que se perde no infinito, Sob o perfume da terra e da Natureza, Uma montanha que surge de azul tão bonito, Formando um ambiente ideal e de rara beleza.

É um pedaço do céu, que se encontra com a terra, É o ar puro que se mistura ao cheiro e frescor, Com o verde das plantas e a beleza da serra, Numa perfeita harmonia do Deus Criador.

Passo a passo eu sigo meu caminhar, Levando saudades de alguém que ficou, E não medindo distância aqui vim buscar, O bálsamo da vida, para a cura de amor.

Um amor de fantasia, de quimera ilusão, Sem opção de escolha, nem outro caminho, Que deixa marcas profundas no coração, Não vale a pena sofrer e amar sozinho.

E nesse paraíso solitário eu vou vivendo, Numa meditação de leveza e de alma pura, Minhas tristezas de amor eu vou escondendo, Pois o tempo é sábio e com o tempo se cura.

Vim buscar minha paz, meu sossego de vida, No sopé daquela serra e ao final da estrada, Numa casinha simples e nessa terra perdida, Fincarei minhas raízes e farei minha a morada.

O próprio tempo ao seu tempo, afinal vai dizer, Sobre paz que me envolve e o desejo de ir embora, Mesmo que minha memória se recuse a esquecer, A velha estrada e tempo escreverão minha história,

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *