SÚPLICA
Liberta-me tristeza, quebra as algemas Que durante fere os meus desejos Não faças do meu sonho um vil cortejo E nem da minha dor, eterna, extrema!
Não apagues a minha única lampada Que na escuridão vagueia sem rumo Não faças dessa mágoa meu resumo Que levará inerte a fria campa!!
Abnegação, não sejas vinculada As sombras dessas asas voadoras Trazes-me a mansão ancoradoura Donde a luz a alegria são untadas!…
Lânguido compasso, cântico lento. Do teu cantar emanam dissabores E ao teu cantar emanam dissabores E ao teu som, vão chorando os oradores Do “De profundis”, tétrico lamento!
Enigmas, abre-me esta tua porta Deixa-me sondar o teu labirinto Deixa-me captar o que quero e sinto Pra reavivar essa alegria morta!…