Maria A I Santos

SÚPLICA

Liberta-me tristeza, quebra as algemas Que durante fere os meus desejos Não faças do meu sonho um vil cortejo E nem da minha dor, eterna, extrema!

Não apagues a minha única lampada Que na escuridão vagueia sem rumo Não faças dessa mágoa meu resumo Que levará inerte a fria campa!!

Abnegação, não sejas vinculada As sombras dessas asas voadoras Trazes-me a mansão ancoradoura Donde a luz a alegria são untadas!…

Lânguido compasso, cântico lento. Do teu cantar emanam dissabores E ao teu cantar emanam dissabores E ao teu som, vão chorando os oradores Do “De profundis”, tétrico lamento!

Enigmas, abre-me esta tua porta Deixa-me sondar o teu labirinto Deixa-me captar o que quero e sinto Pra reavivar essa alegria morta!…

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