Cego estigma
Barragem explodida de lama impura, desce o morro derrubando meu tudo, me fere, mata, destrói e ver, me apura, embora, sobrevivente deste absurdo!
O que ignora lama enfurecida de vício? Se sou pessoa, sou criança, sou a cria; sou planta, sou animal, menos seu cio! A tua soberba gananciosa é vil autoria,
desta lama desastrosa que me vitima, me faz órfão desta miséria do mundo, onde tua ganância, a ambição estima!
Na minha inocência te mostro a língua, a esta escorrida lama de cego estigma, em que o poder aumenta e não míngua!