Das Utopias
Não desças os degraus do sonho Para não despertar os monstros. Não subas aos sótãos – onde Os deuses, por trás das suas máscaras, Ocultam o próprio enigma.
Não desças, não subas, fica. O mistério está é na tua vida! E é um sonho louco este nosso mundo…
Se as coisas são inatingíveis… ora! Não é motivo para não querê-las… Que tristes os caminhos, se não fora A mágica presença das estrelas!
Tão bom viver dia a dia… A vida assim, jamais cansa…
Viver tão só de momentos Como estas nuvens no céu…
E só ganhar, toda a vida, Inexperiência… esperança…
E a rosa louca dos ventos Presa à copa do chapéu.
Nunca dês um nome a um rio: Sempre é outro rio a passar.
Nada jamais continua, Tudo vai recomeçar!
E sem nenhuma lembrança Das outras vezes perdidas, Atiro a rosa do sonho Nas tuas mãos distraídas…