Preferia não saber das ruas onde posso desfazer-me do desejo. Ir ao encontro das estátuas para me refazer do medo.
A noite é pequena e cabe num gesto atirado ao ar quando se parte sem olhar para trás, nem necessidade de confirmar amor algum.
Tirei tudo dos bolsos. Toquei o rosto para sentir a temperatura. Não estou morta nem vou morrer.
De regresso a casa, a única certeza: que a manhã virá para reflectir a palidez, a habitual dificuldade em existir cedo.