Enoja-me o olhar negro de pérola da Pérola abraçando-me as curvas de um coitado. E recitando o seu falatório de vencedora. Entristece-me o notar do fôlego da Pérola em seguir em frente. E o da envoltura de rija casca, firme, que segura sua simplicidade. Causa-me vertigens o meu derreter assim que recém separado. E o tanto pensar amargo em ti. Pois revivo-te: penso, mesmo que em amargo! Arrepia-me a minha fragilidade contraditória diante da Pérola. Tão radiante, tão vívida, pisando em meus escombros.
Chora-me os músculos de ódio! Invejo a força da Pérola; ó Pérola, que, depois de massacrar, desdobra-se em flor: unicamente para ganhar-me de novo e oferecer-me os espinhos para um notável suicídio.
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